sábado, 23 de março de 2013

Antestreia da peça «O Sangue dos Bamberg»



















Fotos da antestreia da peça «O Sangue dos Bamberg» pela Trupe de Teatro Os 4 e o Burro, na Liga dos Amigos de Alenquer. Obrigado a todos pelo apoio para a aquisição das cadeiras da plateia!

terça-feira, 19 de março de 2013

Clube de Leitura

Decorreu ontem, dia 18 de Março, a segunda sessão do Clube de Leitura, dedicada ao Tema «O Amor».
Com um grupo heterogéneo de cerca de dez participante, todos trouxeram excertos, em prosa ou em verso, que leram ao grupo para ilustrar o tema com autores que foram de Neruda a Saint-Exupéry, passando por Alice Vieira, Graham Greene, Rentes de Carvalho, Oriana Fallaci e António Lobo Antunes. Para além disso, Frederico Ferreira foi o participante seleccionado para trazer o livro do dia, de tema livre, que recaíu na poesia de Al Berto, com o poema «Morte de Rimbaud» da obra Horto de Incêndio.


Daqui por duas semanas, a sessão será dedicada ao tema «História» e o livro do dia será da responsabilidade da dinamizadora do grupo, Isabel Fonseca. A não perder!


LUSA - Atores angariam dinheiro para recuperar teatro dos finais do século XIX em Alenquer

18-03-2013 Cultura, Lusa, Torres Vedras Lusa / Flávia Calçada
Alenquer, 18 mar (Lusa) 

Um grupo de atores amadores tem vindo a efetuar obras no Teatro Ana Pereira, em Alenquer, e estreia uma peça na sexta-feira para angariar mais dinheiro para recuperar aquele teatro histórico, dos finais do século XIX.

"Já que não há dinheiro para recuperar, pusemos mãos à obra para ir fazendo algumas obras para não vermos o teatro degradar-se e termos melhores condições de trabalho", afirmou à agência Lusa Álvaro Gomes, encenador da companhia Os quatro e o burro
.
Desde há quatro anos, data em que chovia dentro do teatro e o espaço estava degradado por falta de um teto, tem vindo a ser remodelado pela direção da Liga dos Amigos de Alenquer, que gere o espaço.
O grupo, com 11 elementos, tem agendado para sexta-feira a antestreia da comédia "O sangue dos Bamberg", uma adaptação da obra do dramaturgo inglês John Osborne, e para sábado a respetiva estreia.
A antestreia, com um custo de 10 euros, é dirigida a todos os que pretendem associar-se à campanha destinada a ajudar a liga e a companhia a comprar para o teatro cadeiras novas, um investimento de 1.300 euros a inaugurar na sexta-feira.

A peça estreia no sábado com um custo de cinco euros e fica em cena até ao final de maio, com 10 sessões previstas, para angariar mais donativos. "Se a receita for favorável, queremos remodelar o teto e a instalação elétrica e comprar um pano para a boca de cena", disse à Lusa Filipe Rogeiro, da direção da Liga dos Amigos de Alenquer.

O dirigente adiantou que são necessárias obras no valor de mais de 10 mil euros.

Mas o voluntariado começou há mais tempo. Dirigentes associativos e atores estão desde há três meses a fazer obras agora em fase de conclusão: a remodelação dos camarins e da plateia, diversas pinturas e rebocos e a colocação de cortinas novas, investimentos na ordem dos 2.500 euros.

Filipe Rogeiro sublinhou tratar-se do único teatro do concelho, inserido num conjunto de imóveis da Santa Casa da Misericórdia local que estão classificados como interesse público."Temos de valorizar este património, para não só dignificar o espaço mas também dinamizar a vila em termos culturais, com encenação de peças de teatro", disse.

O Teatro Ana Pereira foi construído nos finais do século XIX e, apesar de ter alguns sinais de degradação, mantém-se fiel àquilo que foi feito por José Juvencio da Silva, que foi na mesma altura autor do projeto de arquitetura dos Paços do Concelho.

Característicos desse período histórico persistem diversos elementos decorativos: a boca de cena é ornamentada em estuque com frisos e pinturas que retratam a tragédia e a comédia e os dramaturgos Gil Vicente e Almeida Garrett.

FYC // ROC
Lusa/Fim
Fonte: Oeste Global/ Lusa - © Direitos Reservados (conteúdo exclusivo protegido por contrato)

sábado, 16 de março de 2013

Virgílio Morais: “A Cultura Conquista-se”



 Virgilio na recuperação do Teatro Ana Pereira em 2010

Virgílio Morais, 76 anos, natural de Lisboa, veio morar para Alenquer com os ventos de mudança de 1974. Fundador da Isina, Fábrica de Malhas, é um homem de esquerda, várias vezes candidato à Câmara Municipal de Alenquer e fundador do Grupo 5 de Alenquer da Associação de Escoteiros de Portugal. 
 

Residindo na Vila Alta, rapidamente se fez sócio da Liga dos Amigos de Alenquer, vindo a pertencer à Direção da mesma pela primeira vez em 1981. Tendo privado com muitos dos que fundaram a coletividade, em 1958, este «histórico» conta-nos que a Liga surgiu de um clube de elite, o Clube da Vila Alta, onde uma certa sociedade gostava de vir jogar cartas. Em 1958 constituiu-se a Liga dos Amigos de Alenquer, com a ideia de servir de base às Festas de Alenquer, como um clube recreativo.


Atraído para a coletividade pela possibilidade de fazer teatro, viu o Teatro Ana Pereira ainda no seu esplendor original, começando a assistir em 1989 ao início da sua derrocada. “Fez-se um pedido ao Governo Civil para recuperação do Teatro. O pedido foi aceite mas o então provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alenquer, proprietária das instalações da Liga, interpôs uma cláusula a exigir que fosse ele a dirigir as obras e a gerir a verba, o que acabou por acontecer.”


Iniciadas as obras do telhado no Inverno, o Teatro ficou a céu aberto e sem qualquer proteção, tendo chovido lá dentro durante três meses, o que deixou em ruínas a pintura e arquitetura. “O teto acabou por ser colocado, mas o resto já estava em muito mau estado.”


A degradação do Teatro foi decorrendo e o início da recuperação começou ao fim de vinte anos, em 2010, ano de arranque das obras, com 3 mil euros. “Sabíamos que não era muito mas havia a esperança que, após o primeiro passo, se conseguisse ir dando os seguintes.”


Depois de 23 mandatos na Direção desta coletividade, Virgílio retirou-se no início de 2013, mantendo ainda funções nos órgãos sociais, como Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Das várias Direções pelas quais passou, recorda que foram sempre muito ativas a fazer remodelações mas sem ideias do que deveria ser uma coletividade de cultura e recreio. “Não sabiam o que era cultura. Achavam que era só pintar as instalações. A cultura é ter um espaço agradável para ter condições para uma atividade mais edificante. A cultura ganha-se. Conquista-se.”


Em 2011 assinou o protocolo com a Trupe de Teatro «Os 4 e o Burro», que o satisfez, sentindo que tinha conseguido captar para o “seu” espaço alguma atividade cultural. Mas, para si, os tempos já eram de mudança. “Sentia a cadeira quente. Percebi que tinha de conseguir trazer pessoas com ideias novas e outros vislumbres do que pode ser a coletividade. Mas não sabia como é que os havia de enganar… (risos) Agora vejo estas sete pessoas que cá deixei e penso: Epá! Eu consegui enganar estes gajos todos!”


De saída, deixa a quem o sucede a máxima que caracteriza a sua esperança na nova geração: “Hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje!”

Biografia de Ana Pereira_1904




Biografia e retrato de Ana Pereira n' O Grande Elias, 
 semanário ilustrado, literário e teatral, n.º 41, 7 de Julho de 1904

domingo, 3 de março de 2013

ALENQUER COMEMOROU O VIII CENTENÁRIO DO FORAL DA RAINHA D. SANCHA





Com grande dignidade e alguma participação, Alenquer comemorou ontem o VIII Centenário do Foral dado a esta vila pela Rainha D. Sancha. Escreveu Matos Reis, estudioso do nosso municipalismo, que «os forais são os documentos através dos quais os municípios adquiriam existência oficial». Assim sendo, o Município de Alenquer completou no passado dia 31 de Maio 800 anos de existência, oito séculos de História que são motivo de orgulho para todos os alenquerenses. 

No átrio dos Paços de Concelho, foi inaugurada uma pequena mas interessante exposição, onde os visitantes poderão conhecer o fac-simile do documento. Depois, na sala de sessões, decorreu uma sessão solene, tendo usado da palavra, a propósito, o presidente da Assembleia Municipal, Dr. Fernando Rodrigues, e o presidente da Câmara, Cap. Jorge Riso. Para falarem do Documento e da Donatária D. Sancha, por ironia do acaso, sentaram-se na mesa, quem escreve estas linhas e o Prof. António Guapo, ambos nascidos, tal como o foral, num dia 31 de Maio (sempre há cada coincidência...). Fechou as intervenções o Dr. Pedro Pinto, investigador, paleógrafo, pessoa que nos Reservados da Biblioteca Nacional redescobriu o vetusto documento. Brilhante e didáctica esta última intervenção, em que valorizou a existência dos Arquivos Históricos Municipais, essenciais para quem investiga, insubstituíveis na salvaguarda da memória concelhia. Apresentou os oradores o Dr. Filipe Rogeiro, do Arquivo Histórico Municipal de Alenquer, a cujo labor muito se ficou a dever o sucesso do momento, a ele e a toda a equipa que o acompanhou. 

Por último, mas não finalmente, a Junta de Freguesia de Santo Estêvão, na pessoa do seu presidente Paulo Matias, convidou todos os presentes para o descerramento da placa da nova Alameda Rainha D. Sancha - Beata de Portugal, junto às muralhas do Arco da Conceição. 




O «finalmente», esse aconteceu na Liga dos Amigos de Alenquer, e, atingiu o brilhantismo, sob a forma de Ceia Medieval! As velhas ruas e travessas com archotes a arder, a palha no chão, as bandeiras e colgaduras, transportaram-nos para um outro tempo. Primeiro o desfile do séquito das princesas, na Rua Detrás da Misericódia, ao som de música da época tocada pelo grupo «Jogralesca», a entrada no salão com a sua guarda de peões armados e uma multitude de «servos» azafamando-se de volta do espeto onde o bácoro assava, a sala (acima) muito bem ornamentada, as mesas postas com «baixela» de barro e talheres de madeira. Ao topo, o palanque com as princesas D. Sancha e D. Mafalda que se despediam de Alenquer, à sua direita os eclesiásticos dominicanos e franciscanos, à esquerda os «homens-bons» da terra e o alcaide, ainda o bobo D. Bimbas (o Virgílio das suas «sete quintas»), todos os figurantes muito bem trajados. 

A festa começou com a sala esgotada assistindo a uma breve representação teatral interpretada pela «Trupe de Teatro os 4 e o Burro» (este último mais uma vez esteve ausente), que serviu para explicar o porquê da festança. Depois veio a degustação, as entradas com os coiratos e as morcelas, mais o pão caseiro de grande qualidade e foi aí que o vinho começou a correr das bilhas de barro. 

Depois, em padiolas, como na época, a «criadagem» trouxe às mesas o arroz de feijão e as migas, assim como as boas lascas do porquinho assado no espeto. Tudo à farta, porque na corte não havia crise. Por sobremesa, o melão bem fresquinho e o bolo de mel. Por último, por último mesmo, ainda veio a folia, a dança ao som das gaitas de foles, das percussões e outros instrumentos de sopro medievais. 

Organização trabalhosa e esmerada, esta a da Ceia Medieval, e privilegiados aqueles que participaram. A Liga dos Amigos de Alenquer, na sua Direcção e colaboradores, bem como a «Trupe de Teatro os 4 e o Burro», que agora ali residem no Teatro Ana Pereira, estão de parabéns. 

Grande organização! Grande noite!

José Henrique Tomé Leitão Lourenço in Al Ain Keir: couraca.blogspot.pt

Ceia Medieval pela Comemoração dos 800 anos do Foral de Dª Sancha, 2 Junho 2012


sábado, 2 de março de 2013

Manuel Gírio e Ana Pereira homenageados pela Liga dos Amigos de Alenquer

 
 

A Liga dos Amigos de Alenquer prestou homenagem a duas personalidades que em épocas distintas deixaram a sua marca na cultura alenquerense. Manuel Gírio autor e encenador da segunda metade do século XX, e a actriz Ana Pereira nascida em meados do século XIX e que deu nome ao teatro instalado na sede da Liga dos Amigos de Alenquer.

O descerramento de uma placa com o nome do Teatro Ana Pereira, e a inauguração de uma exposição com parte do espólio de Manuel Gírio, e a leitura encenada de alguns dos seus textos, foram os principais momentos da cerimónia.

António Augusto foi um dos actores amadores revelados por Manuel Gírio, e uma das estrelas maiores das suas peças, a par de Maria Luísa e Carlos Cartaxo.

A leitura de alguns dos textos mais emblemáticos do autor, permitiu fazer uma viagem ao tempo em que a revista era uma arma apontada ao regime de Salazar, com as suas insinuações e trocadilhos. Uma arte que Manuel Girio dominava como poucos, como recordou António Augusto. (in site Rádio Voz de Alenquer, 2012)


sexta-feira, 1 de março de 2013

Teatro Ana Pereira - 120 anos de história (1891-2011)

A notícia mais remota da existência de um teatro em Alenquer é-nos dada pelo grande liberal e estadista alenquerense Bento Pereira do Carmo e remonta aos anos de 1840 ou 1841.
Por este tempo, existia na Vila Alta um grande edifício público, situado nas traseiras dos actuais Paços do Concelho (e que foi aliás demolido em 1885 para que estes pudessem ser construídos), que era o Celeiro das Jugadas. Jugada era um imposto que recaía sobre a propriedade agrícola e era nesse edifício que era cobrado ou recolhido em géneros. Deixando de servir para o propósito inicial, com o triunfo do Liberalismo, as suas dependências foram aproveitadas para vários fins, entre os quais tribunal, quartel e também teatro, o que motivou as seguintes palavras de Pereira do Carmo: 
“Pode-se dizer na verdade que este edifício foi argamassado com o suor e lágrimas dos habitantes do município que hoje se desforram da passada tirania dançando, cantando e representando, nesta mesma casa aonde os curiosos da vila fundaram e sustentam o seu teatro particular”.
Mas a utilização recreativa do Celeiro não teria ainda carácter oficial, razão porque só na sessão extraordinária da Câmara Municipal de 23 de Dezembro de 1844 foi presente um requerimento assinado por diversos cidadãos deste concelho pedindo o celeiro das extintas Jugadas para se estabelecer um teatro. A Câmara deliberou deferir a pretensão, que entretanto ficaria sujeita à aprovação do Conselho de Distrito.
Dez anos mais tarde, em 1854, o mesmo grupo, já sob a designação de Sociedade Dramática, lá se encontrava fazendo as suas récitas.
Em 1862 José Maria da Conceição, director da sociedade, fez um requerimento à Câmara a propósito de umas obras no teatro, obras essas que se relacionam decerto com aquilo que descreve Guilherme Henriques: “é certo que em 1863 se construiu aí um lindo teatrinho que embora nunca tivesse cenário efectivo, nem maquinismo, serviu durante alguns anos para a representação de peças de grande merecimento e que, até, exigiam estes acessórios, cuja falta era suprida segundo a habilidade dos directores-amadores”. E acrescenta: “O Taborda, o Dias e outros actores célebres daquela época pisaram o seu palco”.
Em 1885, como foi referido, o edifício foi demolido, o que levou os amadores alenquerenses a pensar noutra solução. Em 5 de Agosto de 1891 o Dr. José Maria Pinto da Costa, na qualidade de representante da Sociedade Dramática de Alenquer, apresenta em sessão de Câmara uma planta, acompanhada de requerimento, para a construção de um teatro no prédio pertencente à Misericórdia, na então Rua Direita da Praça, onde também já se instalara o Clube Alenquerense.
O pedido foi deferido e a sua construção financiada através de subscrição de acções. Em Novembro do mesmo ano há notícia de que as obras encontravam-se já “bastante adiantadas”.
O autor da planta e director das obras será José Juvêncio da Silva, que já assinara em Alenquer projectos tão importantes como os dos Paços do Concelho e da Fábrica da Chemina.
Manuel José Gonçalves Viana, professor da Escola de Desenho Industrial Damião de Góis, dirigirá os trabalhos de decoração da sala, coadjuvado por Luís de Azambuja.
Em Março de 1892 os trabalhos estão quase concluídos. Mas só depois de Gonçalves Viana ter concluído o arco do proscénio e respectiva bambolina, assim como o pano de boca, em 12 de Fevereiro de 1893, é que se fez a primeira representação, de um drama de Pinheiro Chagas, A Morgadinha de Vale-Flor.
Entretanto, nesses últimos anos do século XIX e com a proliferação de novas associações recreativas, Alenquer vê aparecer mais dois teatros, um agregado à Sociedade União e Recreio, o outro à Sociedade Operária Alenquerense, que eram, na sua origem, filarmónicas e funcionavam, a primeira, no edifício da antiga ermida de São Sebastião, na Calçadinha, a outra, na Arcada do Espírito Santo. Já em vésperas da República, em 1908, se fundou novo grupo dramático, a Academia Democrática Alenquerense, que veio ocupar este último teatro, o “elegante teatrinho” da Arcada, como então o classificam.
O teatro recebeu entretanto o nome da actriz alenquerense Ana Pereira.

 

Ana Elisa Pereira, de seu nome completo, nasceu no lugar e freguesia dos Cadafais, concelho de Alenquer, em 1845. Iniciou-se, criança ainda, com sua irmã, a actriz Margarida Clementina, no teatro Ginásio, onde seu pai estava empregado. Estreou-se no drama de Brás Martins, Pecados do Século XIX. Trabalhou na Companhia Dramática, no Porto, Teatro de D. Luís, em Coimbra, Teatro do Príncipe Real, Teatro Trindade, Teatro D. Maria II e Teatro D. Amélia, em Lisboa. Participou num dos primeiros filmes portugueses, O Condenado. Faleceu em 1921.
Com mais ou menos interrupções, a velha Sociedade Dramática vai cumprindo o seu papel, com récitas, dramas e comédias, até aos anos trinta ou quarenta do século XX. Em Fevereiro de 1941 ainda ali se representou Ao de Leve…, revista em dois actos, original de Nemo, em benefício da Misericórdia local.
Entre 1946 e 1955 os espaços ocupados pelo extinto Clube Alenquerense e pelo teatro, depois de obras de recuperação, servem de sede a uma “Comissão Pró-Alenquer”, cujo fim era o de realizar espectáculos e festas a favor do orfanato e das colectividades locais.
Em Maio de 1958 é fundada a Liga dos Amigos de Alenquer, que vem ocupar os mesmos espaços. No ano seguinte, é no palco do Ana Pereira que o recém-criado Rancho Folclórico de Alenquer realiza os seus primeiros ensaios.
De então até ao presente a Liga dos Amigos de Alenquer tem promovido, esporadicamente, algumas realizações teatrais. Ciclicamente é necessário acudir à degradação física do Teatro Ana Pereira para que este possa continuar a cumprir a sua função. Em 1978 foram feitas aqui obras de vulto. Actualmente decorre outra campanha de obras, talvez a maior de todas desde a sua inauguração, depois de, nos últimos anos, a sala ter chegado a um estado de degradação que impediu qualquer realização.
(http://arquivomuseualenquer.blogspot.pt/2011/11/teatro-ana-pereira-120-anos-de-historia.html)
Ana Pereira
Actriz
N. 27.07.1845
Cadafais, Alenquer
F. 24.06.1921